O Primeiro Toca-discos, (Fonógrafo) do mundo foi patenteado por Thomas Edison em 1878, que o criou baseando-se nas anteriores experiências de Thomas Young (Vibroscópio, 1807), Edward Leon Scott de Martinville (Fonautógrafo, 1857) e Charles Cross (Paléophone, 1877).
O de (Fonógrafo de Edison), trata-se de um cilindro giratório recoberto com cera (ou estanho, cobre) onde são gravadas (riscadas) por uma agulha, as vibrações de um som emitido e afunilado em uma corneta, interligada a uma lâmina (membrana) que sustenta a agulha. Com a emissão do som o ar movimentava-se vibrando a lâmina que faz a agulha riscar em forma de ondas a superfície do cilindro que está girando.
De forma inversa, ao girarmos o cilindro já riscado, com a agulha em contacto, esta o lerá e transmitirá as vibrações para a lâmina (membrana), cujas vibrações, amplificadas pela corneta, emitirão o som.
Projeto que funcionou até a invenção do gramofone, que foi projetado e patenteado em 1887 pelo Judeu Alemão Hanôver Emile Berliner, que juntamente com seu irmão, eram donos da (Deutsche Grammophon Gesellschaft), que foi a primeira fábrica de ?discos? do mundo.
O Gramofone tem o mesmo princípio do fonógrafo quanto à reprodução do som. A diferença está na leitura da agulha. Enquanto no fonógrafo a agulha lê a profundidade do sulco, no gramofone lê lateralmente em zigue-zague.
A maior diferença no entanto é que Berliner substituiu os cilindros pelos discos. Muito mais práticos e qualidade de gravação e volume superiores. Note-se que na fase mecânica do gramofone, ou seja até 1927 quando foi incorporado o sistema elétrico, os discos rodavam a 76 ou 80 rpm. A partir de 1927 estabeleceu-se a rotação de 78 rpm O toca-discos eletrônico, chegou em 1927 e veio desde então sendo aperfeiçoado até a criação o disco de vinil por Peter Golmark em 1948, trazia a inovadora forma de leitura do disco, que baixava de 78 rpm para 45 e 33rpm, fazendo assim com que a durabilidade e qualidade do disco e áudio nele gravado fosse muito mais duradoura.
O toca-discos é um equipamento eletromecânico responsável por captar a informação escrita no disco e transformá-la em sinal elétrico. Podemos dividi-los em três grupos, amadores, semi-profissionais e profissionais, onde as diferenças estão na fabricação de seus componentes e seu preço final.
Um fator muito importante é o tipo de acionamento do prato giratório, que pode ser por polia, por correia (belt-drive) e acionamento direto (direct-drive). O acoplamento por polia é o pior de todos, pois transmite a vibração do motor para o prato e consequentemente para a cápsula fonocaptora. O acoplamento por correia é satisfatório, pois a correia absorve a vibração do motor e não a transmite para o prato. Sua desvantagem está na rápida degradação da correia e se houverem imperfeições nas mesmas, provocarão variação na velocidade do disco.
O melhor acoplamento é o direto, pois não depende de contatos mecânicos. Sua desvantagem está no alto custo e complicação dos circuitos eletrônicos de controle de velocidade, por isso, só equipam toca-discos profissionais.
O prato giratório deve ser grande e pesado, de forma a diminuir a flutuação na velocidade de rotação, com auxílio de sua inércia (pratos leves, geralmente de plástico não são bons). O prato deve ser bem balanceado e não ter folga em seu eixo.
Os tamanhos convencionais de discos de vinil "ainda" comercializados são de 7", 10", 12" e 15" (polegadas) e as velocidades padronizadas são, 16, 33, 45 e 78 RPM (rotações por minuto).
O braço é outro componente muito importante em um toca-discos. É responsável por fornecer uma base de fixação para a cápsula fonocaptora. Sua montagem mecânica apresenta 2 eixos: um vertical ou pivô (responsável pela rotação) e outro horizontal (responsável pelo movimento de "gangorra"). Na verdade o braço é uma balança, onde o peso na ponta da agulha deve estar entre 3 e 6g. Podem ter três tipos de formatos, "S", "J" e reto. Os bons são construídos com metal leve de alta estabilidade. Seu ajuste principal é o de peso na agulha. Podemos encontrar, também, outros ajustes que compensam as forças indesejáveis como o "anti-skate". Os mais puristas retiram todo mecanismo automático do braço, a fim de diminuir a massa total do mesmo. Todos os toca-discos apresentam um erro de trilhagem dependendo do raio do disco (figura ao lado).
Quanto mais para fora do disco, maior o erro, que no interior é de 6,4° e no exterior é 19,5°. Para minimizar tal erro os braços apresentam curvatura na ponta em que se encontra a cápsula. Toca discos profissionais apresentam o ?Shell? (conjunto cápsula + agulha) móvel, de acordo com o raio em que se encontra no disco, compensando dinamicamente o erro de trilhagem.
As unidades fonocaptoras podem ser de cristal, cerâmica ou magnética. Cada uma com uma resposta de freqüência diferente, exigindo correções nos circuitos amplificadores.
As agulhas podem ser de diamante ou safira. Possuem vida útil de 500 a 1000 horas respectivamente com peso de 3g. Também, podem ser cônicas (mais comuns) ou elípticas (só para os profissionais).
Pada os DJ's, o supra-sumo dos toca-discos é o ?Technics MK-II?. O equipamento é um símbolo para os DJ's assim como a guitarra o é para o Rock. A máquina é muito estável e de alta qualidade. Apresenta ajuste de pitch (variação linear na velocidade de rotação), pausa e uma sensacional "luzinha" na ponta da agulha, que permite ao DJ encontrar as faixas na escuridão.
Um par novo custa em torno de U$ 1200,00.
Em fim, um toca-discos é uma máquina que deve ser tratada como uma balança, se estiver ?descalibrado? ou fora de nível, pode nos dar uma leitura errada do disco. Ter um bom toca-discos pode significar ter um som, em muitos casos, melhor do que o do CD, pois mantém a qualidade analógica da música que a grande maioria dos músicos e de quem entende de música prefere.
Os primeiros toca-discos Technics foram criados em 1970, o primeiro modelo foi o SP-10.
Dois anos mais tarde, em 1972 foi criado um outro modelo, um pouco mais evoluído para aquela época.... SL 1200.
Oito anos depois, em 1980 foi criado o modelo mais usado no mundo todo até hoje pela grande maioria dos deejays, a SL 1200 MK II.
Dez anos mais tarde 1990 a Technics muda novamente, mas desta vez seria só no seu design, mantendo as suas características principais, mudando somente a sua cor, que há muitos anos tinha a cor prata como cor predominante, agora tendo também a cor preta.... SL 1210 MK II.
Cinco anos mais depois a Technics lança um modelo com edição limitada!!! O mais bonito que já foi lançado até hoje, com os detalhes todos dourados.... SL 1200 LTD.
Dois anos mais tarde, mais algumas novidade, o novo modelo sai com Pitch reset button, que ao ser apertado o pich volta para o zero, mas a régua do toca-disco continua na mesma posição, também podemos notar no novo modelo um peso em cima do shell e também um shell adicional para facilitar a troca no caso de quebrar algo durante a festa... SL 1200 MK3 D.
Também lança juntamente a MK 3D a MK 4, folheada a ouro. Só para quem pode!
E finalmente em 2002 a Technics lança seu modelo para comemoração de 30 anos no mercado, com algumas características de todos os outros toca-discos, esse modelo vem com um visual bem agradável, com os números do pich e a luz da agulha na cor azul.... SL 1200 MK5 G.
Technics SL 1200 MK:
Technics SL 1200 MK II fez em 2003, 30 anos de existência. Sim, o mais famoso toca-disco do mundo está no mercado há 30 anos sendo utilizado por DJs, estúdios, rádios, boates, apreciadores de vinil (digger) e já compondo até acervo de museu, no London Science Museum, como uma das peças influentes dos últimos 250 anos.
A Panasonic, dona da marca Technics, lançou a SL1200MK5G para comemorar esses 30 anos de vida. O MK5G, tem as mesmas características estéticas que os modelos MKII, porém seus detalhes são com certeza exclusivos. Sua cor é preta, porém tem uma camada metálica por cima, fazendo que ela fique brilhante, como uma laca, fugindo do padrão fosco das anteriores. A lâmpada estroboscópica, à esquerda do equipamento, permanece vermelha, porém as demais lâmpadas e leds, inclusive a lâmpada que ilumina a agulha, são todas azuis. O braço do MK5G, é fosco, pois desta forma, não oxida ou descasca como era comum nas MKII. A MK5G tem na parte esquerda da torre um compartimento para acoplar um shell reserva, igual a MK3D. Esta função é bem cômoda, pois caso a agulha quebre no meio do set, é só trocar com o shell reserva, isso é feito em questão de segundos.
O motor em Quartz DD (Direct Drive) permite que a velocidade do disco esteja 100%, em apenas ¼ (0º a 90º) de volta do prato, ou 0,7 segundo. Ou seja, o motor da Technics é um dos mais rápidos e precisos do mercado. Seu braço em S permite uma maior estabilidade da agulha no disco, prevenindo pulos, além das diversas regulagens, na torre, que o DJ pode fazer, de acordo com seu estilo de tocar. Por falar em estabilidade, o novo shell que acompanha o MK5G, tem na parte superior uma ?pastilha?, como peso. Antes os DJ?s colavam uma moeda, para fazer peso na agulha.
O pitch, que antes era de apenas 8%, agora passa a ser 16%, sempre mantendo a exatidão com seu motor Quartz. A régua do pitch agora é iluminada. Os números receberam leds azuis internos, deixando ainda mais belo o conjunto de luzes do equipamento. O pitch ainda conta com o botão Reset. Não importa em qual pitch o DJ esteja trabalhando, caso ele aperte o botão, o motor volta para a velocidade do pitch zero, mas a régua continua no número que o DJ deixou.
Technics SL 1200 MK5 G:
A estrutura da MK5G, é composta por três camadas (o alumínio no painel, o metal revestindo internamente e a borracha maciça, utilizada como suporte do equipamento e do prato). A borracha evita, ao máximo, o nível de ruído e vibração no toca-disco.
O novo toca-disco da Technics, não muda muito em relação ao antigo modelo MKII. Ele veio mesmo é comemorar os 30 anos de sucesso do motor Direct Drive, utilizados desde os primórdios do sistema usado na SP-10. Hoje em dia existem toca-discos com muito mais recursos que o MK5G, porém usar Technics é quase uma tradição no mercado de DJs. Por isso continua sendo líder e o mais lembrado quando se fala em toca-discos.
Um pouco sobre outras marcas de toca-discos:
Numark TTX1 - Possui recursos até então inéditos como um contador de BPMs automático. Pitch de múltiplas funções e ainda tem o "Key Lock" igual ao Master Tempo dos CDJs.... são tantos recursos que só vendo.
Marcas de agulhas, toca-discos e mixers:
Agulhas:
www.shure.com
www.ortofon.com
www.stantonmagnetics.com
www.vestax.co.uk
www.geminidj.com
Mixers e toca-discos:
vestax.co.uk
www.stantonmagnetics.com
www.geminidj.com
www.technics.com
Fonte: http://guia.mercadolivre.com.br/historia-toca-discos-5545-VGP
sábado, 29 de março de 2008
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Um comentário:
você é fera!
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