domingo, 30 de março de 2008

O vinil no Brasil

O LP, popularmente conhecido como " bolachão", está completando 57 anos de Brasil, o quarto país no mundo a produzir discos nesse formato, um pouco esquecido pelas novas gerações, mas firme como nunca.

O primeiro disco produzido no país foi "Carnaval em Long Playing", prensado e distribuído pelo selo Capitol/Sinter em janeiro de 1951, contendo marchinhas e sambas para o carnaval do ano.
As festividades carnavalescas eram a grande sensação da época, impulsionadas principalmente pelo rádio. O disco reuniu artistas como Oscarito, que cantou na "Marcha do Neném", de Klecius Caldas e Armando Cavalcanti, Geraldo Pereira, Arnaldo Passos e Osvaldo Lobo.

Apesar de ter sido lançado em 51, o vinil só se tornou popular alguns anos depois, substituindo em definitivo o disco de 78 rpm.

Mesmo com o advento do CD e sua tecnologia digital, que parece cada vez mais sepultar o "bolachão", para algumas pessoas os discos de vinil tem características especiais. Essa opinião alimenta coleções que chegam a milhares de discos, em alguns casos.

O caso mais notório foi o de Alcino de Oliveira Santos, que chegou a ser considerado um dos maiores colecionadores de discos do Brasil, reunindo cerca de 60 mil "bolachões" em sua casa, em Taubaté(SP). Após seu falecimento, em 96, sua coleção foi desmembrada e vendida.

78 RPM
Antes do vinil, existiu a era do disco de 78 rpm (rotações por minuto). Apesar da primeira prensa em 51, o vinil só se popularizou nos anos seguintes.

O disco de 78 rpm era mais espesso, menor e comportava menos músicas, além de ser frágil a ponto de facilmente se partir. Feito de cera, inicialmente ele recebia a gravação musical apenas de um lado, e só depois passou a ter música no "verso".

O apelido "bolachão", foi dado primeiro aos discos de 78 rpm, como um jargão das rádios cariocas que o popularizaram. Só depois ele passou para o vinil.

Fonte: http://www.tocadordebolacha.com.br

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