quarta-feira, 20 de maio de 2009

Noite do Vinil - Benito de Paula

Noite do Vinil - Benito de Paula
Uday Veloso, ou melhor, Benito di Paula será o homenageado desta semana na Noite do Vinil. Natural de Nova Friburgo, se destacou no cenário musical brasileiro como Pianista, Cantor e Compositor. Na década de 1960 trabalhou como crooner em boates do Rio de Janeiro. Em seguida, passou a cantar e a tocar piano em casas noturnas de Santos, SP.
Sua composição "Retalhos de cetim" fez grande sucesso em casas noturnas de São Paulo. Em virtude do sucesso desta música foi convidado a gravar um compacto pela Copacabana, porém com a música "Ela". "Retalhos de cetim" só foi gravada num segundo compacto pela mesma gravadora. Esta mesma composição lhe abriu as portas para o sucesso no Brasil e no exterior, tendo sido gravada por Jair Rodrigues, pela orquestra de Paul Mauriat e pelo guitarrista americano Charlie Byrd, figurando também entre as composições selecionadas pelo historiador Jairo Severiano como um dos maiores sucessos do ano de 1973.

Em 1974, 1975 e 1976, respectivamente, mais três composições de sua autoria fizeram sucesso: "Se não for amor", "Beleza que é você mulher" e "Vai ficar na saudade". Em 1975, lançou a música "Charlie Brown", que obteve grande sucesso, a ponto de Chico Buarque referir-se a Charlie Brown como se fosse personagem real.

No ano de 1977, lançou pela Copacabana o LP "Benito Di Paula", que contou com a participação especial do regional do Canhoto. Em 1981, gravou o LP "Benito Di Paula", pela EMI Odeon BR. Retornou à gravadora Copacabana em 1987 gravando mais um LP que levava seu nome como título. Por sua figura pouco comum entre os sambistas da época (bigode e cabelos longos) e seus sambas românticos, foi rotulado como cafona e brega.


O vinil acontece na quarta-feira, dia 20 de maio, a partir das 22h na Taberna Dom Tutti – Rua das palmeiras, 13 (atrás do Churrasquinho do Luiz, na Av. 28 de março)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Noite do Vinil promove uma Kizomba – a festa da raça

Noite do Vinil promove uma Kizomba – a festa da raça
“A inegável influência negra na musica brasileira transformou-a numa das mais ricas do planeta, se não fossem nossos irmãos africanos que para aqui vieram sofrer no cativeiro infortúnios de toda ordem não teríamos a oportunidade de penetrar e incorporar toa a sua riqueza cultural, mas se o preço para essa inserção da cultura negra em nossos costumes foi muito dura e cruel, o que dela temos hoje é um patrimônio inestimável. Deve-se também aqui exaltar a obstinação e a luta de nossos ancestrais africanos em não deixar que suas matrizes culturais fossem excluídas da convivência cotidiana de nossa sociedade impondo-a com muita luta a sua penetração e adquirindo ao longo da história o lugar de destaque que hoje muito nos orgulha. Dessa contribuição temos no caso da musica popular, o samba como a sua maior representação”.
Luiz Américo Lisboa Junior, pesquisador da história da música popular brasileira.

Nesta quarta-feira, dia 13 de maio, a Noite do Vinil exalta a africanidade na Música Popular Brasileira, já que neste mesmo dia, em 1888, foi assinada pela princesa-regente Isabel, filha de D. Pedro II, a Lei 3.353, conhecida como Lei Áurea. Este documento determinou a libertação imediata de 700 mil escravos trazidos da África que viviam no Brasil.
Nomes como Ataulfo Alves, Luiz Melodia, Tim Maia, Jorge Bem Jor, Wilson Simonal, Pixinguinha, Jair Rodrigues, Gilberto Gil, Clementina de Jesus, entre outros estarão sendo apresentados através dos discos de vinil da coleção do organizador Wellington Cordeiro, mas quem tiver algum disco que represente a raça negra pode levar que será executado. Entre as preciosidades, o disco “O canto livre de Angola” disco gravado na apresentação da embaixada de músicos angolanos no Brasil em 1983.

Entre as músicas que serão ouvidas, está:

Kizomba, A Festa da Raça
Composição: Luiz Carlos da Vila
Interpretação: Emílio Santiago

Valeu, Zumbi
O grito forte dos Palmares
Que correu terra, céus e mares
Influenciando a abolição
Zumbi, valeu
Hoje a Vila é Kizomba
É batuque, canto e dança
Jongo e Maracatu
Vem, menininha
Pra dançar o Caxambu

Ô,ô, Ô,ô
Nega mina
Anastácia não se deixou escravizar
Ô,ô
Ô,ô,ô,ô
Clementina, o pagode é o partido popular
Sacerdote ergue a taça
Convocando toda a massa
Neste evento que congraça
Gente de todas as raças
Numa mesma emoção

Esta Kizomba é nossa constituição
Esta Kizomba é nossa constituição

Que magia
Reza, ajeum e Orixá
Tem a força da cultura
Tem a arte e a bravura
E o bom jogo de cintura
Faz valer seus ideais
E a beleza pura dos seus rituais

Vem a Lua de Luanda
Para iluminar a rua
Nossa sede e nossa sede
De que o aparthaid se destrua

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Noite do Vinil em dose dupla esta semana

Noite do Vinil faz homenagem ao Dia das Mães com as vozes femininas da MPB
Sabemos que a mulher em algumas civilizações, durante muitos anos teve um papel diferenciado, um tratamento direcionado ao seu papel de “responsável pela procriação e perpetuação da espécie” ou então, quando não respondia a esse papel era marginalizada, bem como aos que com elas se relacionassem.
Na poesia, na música, a mulher sempre foi uma musa inspiradora de grandes paixões, mas nem sempre foi homenageada de forma aberta, liberal. Enquanto musicista então, a mulher não tinha oportunidade, pois socialmente este papel cabia ao homem. .
Porém, em quaisquer das áreas da vida humana, há mulheres que marcam com maior intensidade (no Brasil e no mundo), quer pelo brilho de seu talento, quer pela firmeza de sua convicção, quer pela autenticidade de sua fé... E não seria diferente em nosso país. Temos a nossa Ivone Lara que quis que "seu sonho fosse buscar quem mora longe"... Chiquinha Gonzaga que "abriu alas", "Cortou Jacas" e chegou lá!... A grande e irrverente Rita que gritou "que não provocasse... que era mais mais macho que muito homem"...
E são esta maravilhosas mulheres, com "M" maiúsculo, da música brasileira que vamos ouvir nessa próxima Noite do Vinil - dia 06-05-09 -na Taberna Don Tutti, rua das palmeiras, 13 após as 22h.

Leve o vinil de sua preferida e junte-se a nós. Aucilene vai levar os seus Lps: Marina Lima, Rita Lee, Elis Regina, Leila Pinheiro, Olivia Byington, Elza Soares, Nara Leão, Nana Caymmi, Marisa Monte, Maria Bethânia, Leny Andrade, Clementina de Jesus, Amelinha, Angela Ro Ro, Alaíde Costa, Elba Ramalho, Joana, Gal Costa...

Vinil na Morada do Samba
Já na quinta-feira, dia 7 de maio, na Morada do Samba, Lene Moraes recebe o projeto Noite do Vinil pra homenagear as mães... BRASILEIRAS COMUNS.
Vai ser uma festa do samba para as mulheres.
Por ser muito grande o acervo para quarta-feira de discos que falam sobre mulheres e cantados por mulheres, vamos dar continuidade na quinta-feira na Morada do Samba. O samba não vai parar!!!
O Wellington já separou coisas fantásticas!!!!
E vc também pode levar o seu vinil e fazer uma homenagem as mamães e as mulheres do nosso Brasil em rítimo de SAMBA.

O samba na morada começa às 21h
Rua 28 de março (próximo ao trevo para as praias)


A malandragem de Bezerra da Silva, Moreira da Silva e Dicró estará reunida numa homenagem ao Dia do Trabalhador.